quinta-feira, 13 de maio de 2010

Mundo rural

Quem mora no campo tem uma vida bem diferente da de alguém que vive na cidade. Tirar leite da vaca, criar gado, trabalhar em plantações, viver da pesca ou colher frtuas, por exemplo, faz parte do dia-a-dia na zona rural.
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A zona rural é muito importante para o desenvolvimento de um país. Afinal, é onde se produz a maior parte dos alimentos que consumimos. Uma nação que investe no campo tem sua produção e sua oferta de comida ampliadas, o que ajuda a garantir o abastecimento da população. Além disso, proporciona trabalho a quem vive na região e favorece a atividade industrial. Vários produtos do campo servem de matéria-prima para a indústria, que produz sucos em caixinha com as frutas e alimentos enlatados, como milho e ervilhas.
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Meio ambiente agredido

A falta de pesquisa no campo pode levar a graves problemas ambientais. O esgotamento do solo é um deles: quando ele é usado seguidas vezes sem intervalos, não pode ser utilizado novamente para o plantio. Além disso, as queimadas e a extração de madeira sem planejamento agridem a natureza e destroem as florestas, matando os animais que nela vivem.
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A agricultura em etapas

Umas das mais antigas atividades realizadas pelo homem, a agricultura consiste no cultivo de vegetais, que podem ser frutas, grãos, verduras ou legumes.
A qualidade do solo é um dos fatores mais importantes para a agricultura. Ela precisa conter substâncias naturais, que ajudam os produtos plantados a crescer.
O maior problema enfrentado por quem trabalha no campo são as pragas, pequenos insetos que destroem as plantações. Para combatê-las, muitos agricultores utilizam agrotóxicos, que são prejudiciais à saúde humana. Isso acontece porque os agrotóxicos contêm veneno, que se mantém nos alimentos mesmo depois que eles são colhidos e limpos.
Para o sucesso das plantações, são necessárias várias etapas. Conheça o processo pelo qual passam os produtos agrícolas.

Plantio

Antes dessa etapa, os agricultores precisam limpar e preparar o terreno, colocando produtos especiais que o deixem em condições ideais para que os vegetais se desenvolvam rapidamente. Depois disso, é hora de plantar as sementes e cuidar delas. Isso inclui regar o solo frequentemente e aplicar defensivos agrícolas, que são produtos para combater as pragas, de preferência não-venenosos.

Colheita

Se não houver nenhum problema, como ausência de chuvas, ou pragas, as sementes começam a crescer e a se desenvolver. Caso contrário, perde-se toda a produção. Quando estão em fase de amadurecimento, os vegetais são colhidos das árvores e levados para serem armazenados ou consumidos.

Armazenamento

Muitos produtos, principalmente os grãos, são levados para celeiros, onde são armazenados depois de colhidos. Os cereais, por exemplo, precisam ser ensacados, o que ocorre no próprio celeiro, ou então são transportados até locais onde esse trabalho é feito. Já frutas, verduras e legumes, que estragam rapidamente, são encaixotados e levados diretamente aos centros onde serão vendidos.
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Criando animais e sobrevivendo da natureza

A pecuária consiste na criação e utilização de animais que podem ser úteis ao homem no transporte e na extração de carne, leite, couro e lã.
Na zona rural brasileira, criam-se bois, ovelhas, cavalos e porcos, que são agrupados nos chamados rebanhos.
Outra atividade do campo é o extrativismo, ou seja, a retirada de recursos existentes na natureza para consumo e aproveitamento pelo homem. Um exemplo é a pesca.
Veja algumas das atividades relacionadas à pecuária e ao extrativismo.

Pecuária bovina

A criação de bois ou vacas tem como finalidade o aproveitamento da carne, do leite e do couro. Quanto mais adequadas forem as condições de tratamento do gado, como o fornecimento de ração e pasto para os animais, melhor a qualidade dos produtos que se aproveitam deles.

Pecuária ovina

Ovinos são animais como cordeiros e ovelhas. O principal objetivo ao criá-los é a obtenção de lã, por meio do corte de seu pêlo. Também existem ovinos criados para o fornecimento de carne e leite.

Pesca


É uma das atividades do extrativismo. Nas regiões da Amazônia e do Pantanal, por exemplo, famílias inteiras sobrevivem da pesca, consumindo os peixes ou então vendendo-os.
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Diferenças entre os países

As técnicas utilizadas no trabalho rural variam muito de país para país.
Em locais bastante desenvolvidos, como na Europa e nos Estados Unidos, a maior parte do trabalho é realizada por máquinas, cabendo ao homem apenas o controle dos equipamentos, o que garante maior e melhor produção.
Essa situação deve-se ao grande investimento em pesquisa e tecnologia.
No Brasil também existem regiões em que essas técnicas são aplicadas, mas na maior parte do país ainda são utilizados métodos em que prevalece o trabalho manual.

Tecnologia - A ordenha mecanizada garante ao leite maior limpeza e pureza.
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Utilização das terras

Em muitas regiões do mundo, inclusive no Brasil, existe a agricultura chamada de policultura de subsistência. Ela consiste no plantio de variados produtos, como feijão, batata e milho, para consumo dos habitantes do campo.
Já em alguns países bastante pobres da Ásia, como Bangladesh, 90% da população vive na zona rural e depende exlusivamente do plantio do arroz para sobreviver. Isso é chamado de monocultura.
Uma outra característica de nosso país é o fato de enormes extensões de terra pertencerem a poucas pessoas.
Por isso, há movimentos que lutam por uma distribuição de terras mais igualitária, fato que, segundo eles, diminuiria a pobreza no Brasil.

Grandes extensões - Enormes fazendas com plantações são comuns no Brasil.
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O êxodo rural e suas consequências

Até meados da década de 1940, cerca de 70% da população brasileira vivia no campo. Nessa época, começou o processo de industrialização: fábricas apareceram nas cidades, oferecendo uma série de empregos. As pessoas que viviam no campo foram atraídas para os centros urbanos pela perspectiva de melhores salários e condições de vida. Esse deslocamento foi chamado de êxodo rural. Em razão dele, hoje em dia apenas cerca de 25% da população do país vive nos campos.
Mas as cidades não comportaram tanta gente, pois não havia nem empregos nem habitaçõe suficientes. O resultado pode ser visto em forma de pobreza e favelas. Como ocorreu também a escassez de trabalhadores no campo, nas épocas de plantio e de colheita recrutam-se pessoas desempregadas das cidades ou dos campos. Elas recebem o nome de bóias-frias, porque levam o almoço feito em casa para comer no trabalho.

Bóias-frias - Esses trabalhadores são recrutados em sua maioria nas cidades, porque não encontram outros trabalhos.


Os salários pagos aos trabalhadores rurais sempre foi mais baixo do que nas cidades. Desse modo, as crianças das famílias que ficaram no campo são obrigadas a ajudar seus pais no trabalho para aumentar a renda da família, e não tem tempo de ir para a escola.
Além disso, as poucas escolas disponíveis ficam distantes, em locais de difícil acesso.
Na Região Amazônica, onde existem muitos rios, é comum ver as crianças chegando de barco ou canoa para estudar, perdendo muito tempo na viagem até as escolas.
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Fonte: Coleção Para Saber Mais Recreio - Ciências Humanas - Vida no Campo

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