sábado, 2 de janeiro de 2010

Independência do Brasil

No dia 7 de setembro de 2010 o Brasil comemora 188 anos de independência. D.Pedro I, filho do rei de Portugal D.João VI, deu o grito da libertação brasileira em 1822, na cidade de São Paulo. Vamos conhecer essa parte da nossa história?
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Em 1500, quando os portugueses chegaram às terras brasileiras, nosso país tornou-se Colônia de Portugal. Isso significa que quem mandava no Brasil eram os portugueses. Ao longo dos anos, nosso país só podia produzir o que interessava a Portugal e não podia ter indústrias ou mesmo publicar livros e jornais. Além disso, nossas maiores riquezas, como ouro e o pau-brasil, eram levadas para a Europa.
Foi somente em 7 de setembro de 1822 que o Brasil finalmente se libertou do domínio português. Depois de mais de 300 anos, os brasileiros puderam produzir o que quisessem e comprar e vender para qualquer país do mundo.
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Libertação pacífica

Quase todos os outros países da América do Sul foram colonizados pela Espanha. Quando nosso país se tornou independente de Portugal, a maioria deles já havia se libertado da dominação espanhola. Em países como Argentina, Chile e Peru, o povo teve de lutar bravamente contra os espanhóis, que não admitiam perder as terras que lhes tinham dado tantas riquezas. No Brasil, praticamente não houve lutas. O governo continuou com a Família Real portuguesa.
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A vinda da Família Real ao Brasil

Em 1808, o rei de Portugal, toda a Família Real e mais 15 mil pessoas fugiram de uma guerra, que acontecia na Europa, e vieram para o Brasil. Logo que chegou ao nosso país, D.João tomou duas medidas bastantes importantes. A primeira foi permitir que o Brasil fizesse negócios com os países com os quais Portugal mantinha bom relacionamento. Assim, o comércio no Brasil se desenvolveu bastante.
A segunda medida foi transformar a cidade do Rio de Janeiro, onde o rei vivia, em sede do Reinado. Os portugueses continuavam mandando no Brasil, mas os brasileiros passaram a ter mais direitos e até participação na política.
Essa situação desagradou a muitos portugueses, que queriam que nosso país continuasse sendo uma Colônia. Já do lado brasileiro, crescia a vontade de lutar pela independência.
Os portugueses que tinham ficado em Portugal começaram a exigir a volta do rei. Em 26 de abril de 1821, D.João VI voltou a Portugal, deixando seu filho, o príncipe D.Pedro, governando o Brasil em seu lugar.
A crise política chegou ao auge em 1822, quando os portugueses passaram a exigir que D.Pedro também voltasse a Portugal.
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No caminho da Independência


No dia 7 de setembro, D.Pedro estava passando por São Paulo quando recebeu uma carta de Portugal exigindo a sua volta, e outra do ministro brasileiro José Bonifácio de Andrada e Silva, que incentivava a declarar a independência do Brasil.
Nessa hora, D.Pedro estava às margens do Riacho Ipiranga. Animado com a chance de torna-se imperador do Brasil, ele preferiu a alternativa da carta de seu ministro. D.Pedro levantou a espada e gritou: "Independência ou Morte".
Mas foram necessários alguns anos para que Portugal reconhecesse nossa independência. Para isso, o Brasil teve de pagar a Portugal 2 milhões de libras esterlinas, a moeda usada na Inglaterra e a mais valiosa do mundo na época. Como não tinha esse dinheiro, o Brasil precisou pedir emprestado aos bancos ingleses.
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O primeiro imperador
Família Imperial - D.Pedro I e D.Leopoldina tiveram seis filhos.


D.Pedro I nasceu em 1798 e era o segundo filho de D.João e de D.Carlota Joaquina. Com a morte de seu irmão mais velho, Antônio, D.Pedro tornou-se o herdeiro do trono português.
Em 1817, quando ainda era príncipe, D.Pedro casou-se com D.Carolina Josefa Leopoldina de Habsburgo, nascida em Viena, na Áustria, em 1797. Foi um casamento arranjado, pois os noivos nem sequer se conheciam. Mesmo assim, a imperatriz sempre esteve ao lado do imperador.
D.Pedro era músico e, no próprio dia de 7 de setembro de 1822, compôs o Hino da Independência. Em 12 de outubro do mesmo ano, ele foi aclamado imperador do Brasil. Em 1831, retornou a Portugal, onde morreu em 1834.
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Artistas franceses no Brasil
Um francês no Rio de Janeiro - Debret foi um dos grandes pintores da cidade do Rio.


Em 1816, D.João VI trouxe para o Brasil a chamada Missão Francesa. Era um grupo de artistas que tinha a função de criar no Rio de Janeiro a Imperial Academia e Escola de Belas-Artes, onde ensinariam técnicas de gravura, pintura, escultura e arquitetura. Entre os artistas estavam alguns dos maiores pintores franceses, como Jean-Baptiste Debret, Joachim Lebreton e Nicolas Antoine Taunay, e o arquiteto Grandjean de Montigny. O grupo registrou em seus trabalhos o dia-a-dia e as mudanças pelas quais passava o Rio de Janeiro.
Debret foi o artista que mais se destacou, pela qualidade de suas obras. Em aquarelas, ele mostrou a vida dos escravos, paisagens cariocas, a Família Real e os costumes das famílias de seus funcionários, além de outros aspectos curiosos da cidade. Debret permaneceu no Brasil por mais de dez anos.
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Vida à moda européia na capital do Império

Com a vinda da Família Real em 1808, o Rio de Janeiro passou por muitas transformações. Em um primeiro momento, a chegada das 15 mil pessoas que vieram na comitiva causou alvoroço na cidade. Afinal, onde abrigar tanta gente? A primeira providência foi encontrar 2 mil residências. O Rio de Janeiro passou por uma verdadeira faxina: ruas limpas e fachadas dos prédios pintadas.
Graças a D.João VI, o Rio de Janeiro se transformou em um pólo cultural. O rei português foi responsável pela construção de importantes obras públicas, como o Observatório Astronômico, o Arquivo Central, a Acadêmia da Marinha, a Aula de Comércio, a Academia Militar, a Academia Médico-Cirúrgica, o Jardim Botânico, o Laboratório de Química, o Teatro São João, o Banco do Brasil, a Casa da Moeda, e a Imprensa Régia. Com ela, finalmente os brasileiros puderam imprimir livros e jornais.
A vida na capital parecia-se com a de grandes cidades européias, como Paris ou Londres. Damas e cavalheiros da Corte seguiam a moda francesa. Uma pequena parcela da população carioca tinha acesso a móveis, louças e jóias de luxo. Além de ir a confeitarias em carruagens de porta de vidro ou em cadeirinhas carregadas por escravos.
Vida de luxo - As damas ricas da Corte eram carregadas por escravos. Mesmo com a Independência, o trabalho escravo continuou.

Fonte: Coleção Para Saber Mais Recreio - Ciências Humanas - História

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